A busca por tratamentos para uniformizar o tom da pele tem crescido entre diferentes perfis de usuários, motivada por fatores como exposição solar excessiva, alterações hormonais, acne ou envelhecimento cutâneo.
Dentre os produtos disponíveis, os clareadores e os despigmentantes figuram entre os mais procurados. Embora compartilhem o objetivo de reduzir manchas, esses dois tipos de cosméticos apresentam diferenças relevantes quanto à composição, forma de ação e indicação de uso.
Este artigo apresenta as principais distinções entre clareadores e despigmentantes, explicando o funcionamento de cada tipo de produto, os ativos mais comuns, o tempo de resposta esperado, além de recomendações sobre como incorporá-los corretamente à rotina de cuidados com a pele.
O que é um clareador de pele?
Clareadores de pele são produtos dermocosméticos destinados à redução gradual da hiperpigmentação leve a moderada. Eles atuam principalmente na melhora da aparência da pele escurecida, sem necessariamente inibir a produção de melanina de forma agressiva.
Os clareadores são frequentemente recomendados em casos como:
- Manchas pós-acne
- Hiperpigmentação por exposição solar
- Tom irregular da pele
- Sinais iniciais de melasma
Esses produtos funcionam por meio de ativos que interferem em etapas leves da pigmentação ou promovem a renovação celular, resultando em um aspecto mais uniforme da pele com o uso contínuo.
Ativos mais usados em clareadores
Os ingredientes ativos de clareadores geralmente apresentam ação antioxidante, iluminadora ou levemente despigmentante, mas com baixa agressividade. Entre os mais comuns:
- Vitamina C (ácido ascórbico) – antioxidante, atua na síntese de colágeno e auxilia na uniformização do tom
- Ácido kójico – derivado de fungos, inibe parcialmente a ação da tirosinase, enzima chave na formação da melanina
- Niacinamida (vitamina B3) – age como regulador da pigmentação e fortalece a barreira cutânea
- Ácido mandélico – promove esfoliação suave e melhora do viço da pele
- Extrato de alcaçuz (licorice) – ingrediente natural com potencial clareador gradual
Os clareadores são indicados para uso contínuo e geralmente apresentam boa tolerância, sendo aplicáveis inclusive em peles sensíveis, dependendo da formulação.
O que é um despigmentante?
Despigmentantes são produtos que atuam de maneira mais direta e intensa na inibição da formação de melanina, sendo voltados para tratamentos de hiperpigmentações profundas, crônicas ou resistentes.
Eles são normalmente indicados em situações como:
- Melasma de grau avançado
- Manchas solares antigas
- Hiperpigmentação inflamatória severa
- Lentigos senis (manchas da idade)
A ação despigmentante é mais potente, podendo envolver ingredientes que bloqueiam etapas-chave da melanogênese, como a produção ou transferência de melanossomos.
Ativos despigmentantes mais comuns
Os despigmentantes frequentemente exigem prescrição médica ou orientação dermatológica, especialmente quando contêm ativos de uso controlado. Entre os principais estão:
- Hidroquinona – potente inibidor da tirosinase; seu uso prolongado pode causar efeitos adversos
- Ácido retinoico – derivado da vitamina A, promove renovação celular intensa e auxilia na penetração de outros ativos
- Ácido tranexâmico – reduz a inflamação e a vascularização envolvida na formação do melasma
- Arbutin – derivado natural com ação semelhante à hidroquinona, mas com menor irritabilidade
- Ácido azelaico – utilizado em casos de melasma e rosácea com manchas
O uso contínuo desses ativos requer atenção à tolerância da pele e à necessidade de fotoproteção rigorosa.
Clareador ou despigmentante: qual escolher?
A escolha entre clareador e despigmentante depende do tipo e da profundidade da hiperpigmentação, bem como do histórico da pele. Algumas orientações gerais incluem:
- Para manchas recentes ou leves, como as pós-inflamatórias ou de acne, os clareadores são suficientes
- Em manchas antigas ou recorrentes, como melasmas resistentes, os despigmentantes podem ser mais eficazes
- Peles sensíveis ou sensibilizadas por outros tratamentos devem iniciar com clareadores e migrar gradualmente, se necessário
- Combinações entre clareadores e despigmentantes são comuns, desde que bem toleradas e supervisionadas
O acompanhamento com dermatologista é importante para personalizar a rotina e evitar efeitos adversos.
Tempo de resposta e consistência
O efeito dos clareadores costuma ser percebido após 4 a 8 semanas de uso contínuo, enquanto despigmentantes podem atuar em períodos mais curtos, com riscos maiores de reações.
É comum o uso intercalado, com ciclos de tratamento e descanso, para preservar a integridade da pele.
Fotoproteção: etapa essencial
Independentemente do produto utilizado, o uso diário de protetor solar de amplo espectro é fundamental para o sucesso do tratamento. A exposição aos raios UV estimula novamente a produção de melanina, podendo reverter os resultados alcançados com clareadores ou despigmentantes.
Além disso, a fotoproteção previne novas manchas e preserva a eficácia dos ativos aplicados.
Produtos clareadores combinados e novas formulações

Com o avanço da indústria dermocosmética, há hoje produtos que reúnem ativos clareadores e ingredientes reguladores da melanogênese em uma mesma fórmula, possibilitando um tratamento integrado e de uso domiciliar.
É o caso da linha oferecida pela nutralfit, que reúne ingredientes como niacinamida e ácido kójico em concentrações pensadas para uso contínuo. Esses produtos visam promover a uniformização do tom da pele com maior tolerabilidade, podendo ser aplicados em rotinas diárias com suporte de proteção solar.
Entre os destaques da marca está o Nutralfit Clareador, desenvolvido para auxiliar na melhora gradual da aparência da pele, com foco em segurança e compatibilidade com diferentes fototipos. A proposta é atender usuários que buscam um clareador eficaz sem recorrer inicialmente a ativos de uso restrito.
Clareadores e despigmentantes não são equivalentes. Enquanto os primeiros oferecem uma abordagem progressiva e menos invasiva, os segundos promovem ações mais intensas, sendo indicados em casos específicos.
A decisão sobre qual usar deve considerar a causa da mancha, o grau de pigmentação, a sensibilidade da pele e a regularidade da rotina de cuidados. Em qualquer cenário, a proteção solar e o acompanhamento profissional são indispensáveis para resultados consistentes e seguros.