Quem era o Apóstolo Tomé?

O Apóstolo Tomé, também conhecido como o Incrédulo ou Dídimo, que significa “gêmeo” em grego, foi conhecido por suas dúvidas sobre a Ressurreição de Jesus e sua posterior afirmação da divindade de Jesus depois de ver Cristo ressuscitado.

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Quem era o Apóstolo Tomé?

Em relação à sua vida, apenas os relatos bíblicos são considerados confiáveis, especialmente as três referências que o Evangelho faz sobre ele de acordo com São João,onde ensina como rezar e amar.

A primeira delas fala da sua devoção a Jesus, quando Este vai para a Judéia, onde os judeus ameaçaram apedrejá-lo, Tomé sugere: “vamos nós também, para que possamos morrer com ele”.

A segunda relata um episódio ocorrido durante a Última Ceia; quando Jesus diz: “Vocês conhecem o caminho para onde eu vou”, e Tomé pergunta: “como podemos saber o caminho?”, ao que Cristo responde: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”.

Na terceira, Tomé, ausente na primeira aparição do Messias aos seus discípulos após a sua Ressurreição, recusa-se a admiti-la: “Se não vir nas suas mãos o sinal dos pregos, não acreditarei”.

A personalidade de Tomé

É provável que a personalidade de Tomé tenha sido extrema, porque ele às vezes demonstrou enormes pessimismos, mas também uma enorme devoção e paixão pelo Senhor. Isso é demonstrado, por exemplo, na morte de Lázaro, o amigo de Jesus.

De fato, Jesus foi ameaçado pelos judeus se voltasse à Judéia, no entanto, Tomé, ao perceber que Jesus retornaria à Judéia, declarou: “Vamos também nós, para morrer com ele”.

Esta afirmação expressa muito bem o seu pessimismo, ou seja, era alguém que primeiro esperava a desgraça. No entanto, esta mesma declaração mostra a sua aptidão para morrer ao lado do seu Senhor.

Alguns comentaristas argumentam que esta frase não se refere à ideia de morrer com Jesus, mas aponta para a situação de Lázaro, especialmente considerando o fato de que quando Jesus foi realmente preso e condenado à morte, os discípulos fugiram.

No entanto, esta interpretação não faz sentido à luz de João 11:8, onde se encontra informação explícita de que os judeus queriam matar Jesus.

Embora Tomé tenha declarado que morreria com Jesus na Judéia, não contradiz com o fato de que ele desapareceu no momento da crucificação.

Tomé viu Cristo ressuscitado

Jesus, após sua ressurreição, apareceu aos discípulos, no entanto, Tomé não estava presente. Os discípulos lhe contaram que Jesus tinha aparecido, mas Tomé não acreditou nesta informação.

Esta posição demonstra o seu caráter pessimista, no qual pediu provas tangíveis de que Jesus estava vivo para acreditar na ressurreição do Mestre. Tomé queria ver com os seus próprios olhos e tocar com os seus próprios dedos as marcas nas mãos de Jesus.

Oito dias depois, quando os discípulos estavam reunidos, Jesus apareceu no meio deles, apesar de as portas e janelas do local estarem fechadas.

Posteriormente, ele se aproximou de Tomé e o convidou para tocar em suas feridas, dizendo para ele não ser incrédulo, mas crente.

Martírio e morte

De fato, há pouca informação do Apóstolo Tomé fora das passagens bíblicas analisadas anteriormente, no entanto, uma das tradições diz que Tomé pregou o Evangelho na Índia e na Síria.

Registros indicam que seu martírio ocorreu em Madras (atual Chennai, Índia), onde se encontra a Catedral de São Tomé, seu local de enterro tradicional.

Suas relíquias foram transferidas em 6 de setembro de 1258 para a cidade de Ortona, Itália, onde repousam na Basílica de São Tomé Apóstolo.

A sua festa é celebrada no dia 3 de julho, data da sua morte.