O início de mais um ano letivo causa agitação, não somente em crianças e adolescentes, mas principalmente nos pais. É bem provável que, se você tem mais de 30 anos, sinta nostalgia dos momentos em que comprava material escolar nos anos 90. A hora mais esperada do ano era ir à papelaria para escolher o estojo escolar, a mochila, os cadernos e as mil canetinhas coloridas.
A geração dessa década cresceu em um período muito particular, já que a internet e os computadores ganhavam popularidade, mas sem ninguém imaginar a realidade atual. Se antes os computadores ocupavam ”salas de informática”, hoje, eles substituem itens como cadernos e livros.
Neste post, vamos abordar as principais mudanças em relação aos materiais escolares, como isso reflete as novas metodologias de ensino e maneiras dos pais adequarem orçamento e rotina em função desse novo cenário. Afinal de contas, cada escola monta a lista de materiais conforme suas políticas internas, mas alguns pontos exigem atenção.
Da escrita manual aos tablets: o que mudou no material escolar até hoje
Os incontáveis filmes americanos que retratam o cotidiano do high school fizeram a cabeça de quem estudou nas décadas passadas. Isso porque o conjunto de materiais escolares costumava retratar a personalidade dos personagens e, claro, despertava o desejo de se ter itens escolhidos a dedo ano após ano.
Lápis e canetas em maior variedade
Em décadas como 1980 e 1990, os kits de materiais para colorir eram comuns e altamente desejados. Se ter 24 cores distribuídas em canetas, lápis e gizes era algo descolado, atualmente, essa quantidade passa batida. Isso porque é possível encontrar materiais para os mais diversos usos, qualidade, escala de cor e marcas.
Além dos lápis substituídos por lapiseiras, pigmentos naturais e com menor impacto ambiental e acessórios como apontadores automáticos, a variedade também é tecnológica. Um exemplo são as canetas digitais, usadas em mesas digitalizadoras, tablets e lousas interativas, entrando no lugar até mesmo dos tradicionais quadros escuros das salas de aula.
Papéis e outros suprimentos sustentáveis
Listas de materiais escolares de alunos do primário e fundamental costumam incluir materiais de papelaria para usos diversos. É muito provável que você tenha feito atividades usando papel crepom, laminado ou cartolina nessa fase. Hoje, estes materiais continuam presentes, mas com origem reciclada, utilizando pigmentos de menor impacto ambiental e até mesmo biodegradáveis.
Personalização acessível
Um dos principais desafios para os pais na hora de comprar o material escolar no início do ano letivo é manter o orçamento previsto, enquanto os filhos pedem itens estampados com personagens e outras imagens licenciadas. Nos dias atuais, o diferencial é que é possível comprar materiais mais em conta, como cadernos básicos para escrever textos, e fazer a personalização à parte.
Além de permitir que as crianças tenham seus personagens favoritos ou até mesmo suas próprias criações decorando mochilas, cadernos, copos e afins, o serviço pode reduzir os custos. Isso acontece, pois geralmente o preço de um produto customizado está atrelado ao licenciamento de marca, o que não ocorre na personalização.
Digitalização em alta
O uso de computadores, tablets e outros recursos digitais de forma integral nas escolas é assunto polêmico. Afinal, a escrita manual, o contato com livros e outros hábitos ”analógicos” ainda ocupam papel importante na educação. Mas a tecnologia também amplia em muitos aspectos as possibilidades dentro do ensino, agregando até mesmo acessibilidade.
Se antes a lista de materiais escolares incluía em grande parte itens de papelaria, suprimentos e outras utilidades físicas, hoje, muitas escolas já pedem aparelhos como smartphones, tablets, notebooks e periféricos. Contudo, esse contexto se reflete na desigualdade social ainda alta no país, já que nem sempre alunos de baixa renda terão acesso facilitado a esses dispositivos.